PARAÍBA JÁ: Em meio à pandemia de
coronavírus, o ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o cargo nesta
sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da
pasta. Em nota, a pasta informou que ele pediu demissão. O caso já repercute na
bancada paraibana da Câmara Federal. O deputado federal Julian Lemos (PSL)
conversou com a reportagem do Paraíba Já nesta
sexta-feira (15) e analisou a saída do mais novo ex-ministro. E de acordo com o
parlamentar, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) precisa entender que não
é maior que o Brasil.
Assim como Luiz Henrique
Mandetta, seu antecessor, Teich também apresentou discordâncias com o
presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus.
“Minha leitura não mudou absolutamente nada da
minha primeira avaliação desde que Mandetta saiu do ministério. Não me afasto
da coerência. Como deputado tenho obrigação de me manifestar e representar
aquilo que falei antes das eleições. As coisas [no governo Bolsonaro] como
estão conduzidas não tem nada a ver com o que foi falado antes na campanha.
Hoje vemos claramente que qualquer ministro que faça parte desse governo ele
tem duas coisas a fazer se quiser desenvolver o trabalho dele: rasgar o diploma
como médico ou se anula e fica sem falar”, afirmou Julian.
O deputado revelou que enxerga todo esse cenário
com tristeza e com certa frustração, mas não sem esperança. “Permaneço com a
esperança que tinha sobre o Brasil, com as ideias, até porque as ideias que
acredito é um conceito que tenho de país. Vejo isso de forma muito frustrante,
de certo modo. Não me senti surpreendido com o que aconteceu, só lamento”,
disse.
“Bolsonaro não é maior que o Brasil”
“O presidente da República não é maior que o
Brasil. Ele é apenas alguém que está lá pelo voto da maioria, mas não é maior
que o Brasil”. Este é Julian Lemos, ao tratar sobre a condução de Bolsonaro
diante da crise causada pela Covid-19 e outros casos que envolvem o governo
federal.
Questionado sobre Teich ter ficado menos de um mês
no comando da pasta e se isso seria um “tempo perdido”, já que não conseguiu
desenvolver um trabalho sequer para ser avaliado, o parlamentar paraibano
buscou uma leitura mais positiva da situação. E, claro, não fugiu das críticas
pontuais ao presidente.
“Uma pessoa inteligente, ou aprende ou ganha. Vou
falar para todos, para aprendermos alguma coisa com tudo isso. A metodologia de
governabilidade do presidente que votei e apoio no Congresso, está equivocada.
Não falo isso de agora. Preciso fazer uma crítica ao governo que faço parte,
quem tem coragem, moral e legitimidade de fazer sou eu, que sou governista. A
forma de se governar querendo dar soluções muito práticas e populistas estão
equivocado”, declarou Julian Lemos.
Julian publicou o que revelou ao Paraíba Já em seu
perfil no Twitter. “Pressione Rodrigo Maia, Lemos. Queremos o impeachment”,
respondeu um usuário.
Paraíba Já
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