REVISTA FÓRUM: Ao
receber jornalistas da revista Veja, na última quarta-feira (24), para a
entrevista que estampa a capa da publicação, Frederick Wassef, que é chamado de
“Anjo” nas investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro,
mandou recado velado para o clã Bolsonaro: “Entrei em modo guerra. Quando isso
acontece, viro o diabo”, disse aos repórteres Daniel Pereira e Sergio Ruiz Luz.
Os dois jornalistas
confirmam o descontrole emocional do advogado depois que a prisão de Fabrício
Queiroz em sua chácara em Atibaia, no interior de São Paulo, o levou ao centro
do maior escândalo do governo Jair Bolsonaro.
“Durante o dia, alterna
lampejos de euforia com mergulhos em momentos de depressão, nos quais sua
verborragia incontida dá lugar a rápidas pausas — dramáticas, quase cênicas —
para respiração”, relatam na reportagem.
Na entrevista, Wassef
revela claramente a estratégia combinada com Jair Bolsonaro, de assumir
totalmente a responsabilidade pela guarida de Queiroz.
“Eu
nunca contei ao presidente Bolsonaro. Quando eu puder dizer os motivos, vocês
vão me entender e vão me dar razão. Então eu assumi um risco de fazer isso
porque eu sei o que é melhor para o filho dele”, diz, confirmando que agiu para
proteger tanto o presidente, quanto o filho 01.
No entanto, “numa de
suas pausas dramáticas”, como narram os jornalistas, Wassef soltou um desabafo
em tom de ameaça àqueles que estão se afastando dele devido ao caso: “Não se
deveria virar as costas para antigos aliados”.
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