quinta-feira, 16 de julho de 2020

Congratulações, Cuité - por Flauberto Fonseca




Congratulações, Cuité!

Sempre que trabalhamos algum comentário acerca do natalício de fundação de nossa cidade nos apropriamos apenas do sentido mais lógico e daquele que aprendemos com as literaturas que nos foram apresentadas desde primórdios de fundação de nossa cidade até os dias de hoje.

Em particular nunca parei para fazer uma depuração de como tudo se deu, pois estamos tratando de uma expropriação de terras, no tange a não existência de um possível de titulo de posse, havia sim pregressos usufrutuários sem nenhuma implicante intenção mercadológica e muitos menos de formação de latifúndios.

Diante de tamanha indagação, busquei alargar um melhor entendimento sobre as minhas próprias interrogações.

Nada intrigante é sentido da posse pacificada em um tempo em que a maior barreira da comunicação era as convenções lingüistas entre o homem branco e nativo que já se fazia presente em lugar ermo e sem nenhuma presença da civilização branca.

Quanto ao que aconteceu no delir do século XVII, a região talvez tivesse uma formação de uma comunidade indígena ou se havia em todas suas extensões territoriais outras nações, todavia é importante frisar que o maior elemento de fixação em um determinado lugar é a disponibilidade de água e, por conseguinte o que oferece a sua vegetação em termos de alimentos e o clima.
É inexeqüível que tenha havido passividade na tramitação da posse, inclusive os breves relatos da existência de uma possível resistência, tendo sido os nativos tratados como bárbaros e em razão de tal foram trucidados e os poucos que restaram foram capturados e convertidos em escravos e/ou expulsos pelo uso excessivo da força bélica e que buscaram as terras potiguares como refugio e um novo começar de vida.

Diante do quadro evolutivo desde proêmios da constituição da nossa cidade, acredito que a sua elevação progressiva ganhou verdadeiros contornos de desenvolvimento a partir de sua Emancipação Política, haja vista que começou a sua própria caminhada sem a premente necessidade de pedir e/ou rogar a um estranho para suprir a suas necessidades não só de caráter administrativo, mas acima de tudo ter a sua capacidade de contemplar os seus moradores de uma assistência publica e direta.

De publico é notório que a sua multiplicação urbanística se deu no século XX, inclusive tal afirmação é de fácil constatação através da maior prova cabal que são os seus casarios que ainda permanecem de pé, os quais têm as suas datações no inicio do século ou um pouco mais adiante.
O maior sentimento de comemoração está retratado em cada filho e filha da cidade os que muito contribuem diuturnamente para o seu desenvolvimento e outros tantos que fazem parte de sua historia através de suas ações e atitudes altruístas que estão fixadas em nossas memórias.

Frente ao que vivemos e revivi em nossas memórias de filhos e filhas deste lugar amado chamado de Cuité, e em particular eu um simplório curioso e observador de todo cenário urbano que compõe a sua historia e sem nenhuma pretensão de me colocar como um afinco estudioso da nossa historia, do meu canto transmito os meus mais calorosos votos de Parabéns para ela a Capital do Curimataú, cidade que quando estamos distantes, mais vontade temos de estar perto!

Que no transcorrer de seus 252 anos de sua existência, sejamos conscientes de nossas obrigações para com ela.

FLAUBERTO WAGNER DE FARIAS FONSECA

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