sábado, 19 de dezembro de 2020

Frei Anastácio é coautor de requerimento que pede CPI para investigar uso do SNI, em benefício de filho de Bolsonaro

 


O deputado Federal Frei Anastácio (PT/PB) é coautor de requerimento que pede a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar denúncias sobre o uso do Sistema Nacional de Inteligência (SNI) para finalidades ilegais e para atender a interesses particulares da família do presidente da República e sobre a existência de uma estrutura não oficial de inteligência, que seria uma Agência Brasileira de Informação (ABIN) paralela. 

“O presidente da República acha que é  dono do Brasil e que pode mandar e desmandar, além de usar os serviços de inteligência para tentar beneficiar a família e amigos envolvidos em falcatruas. Ninguém está acima da lei. Isso que Bolsonaro fez, segundo denúncia da mídia, especialmente a revista Época, precisa ser investigado”, disse o deputado.

Segundo o parlamentar, ao que tudo indica, o presidente criou  uma estrutura ilegal e, por isso, com nenhum mecanismo de controle, destinada a elaborar todo tipo de trabalho de inteligência requerido por ele. “A probabilidade de isso estar ocorrendo é reforçado pela existência (confirmada pela advogada de defesa de Flávio Bolsonaro) de relatórios orientando o governo federal e a defesa do senador a como conseguirem a anulação das investigações pelo crime de peculato possivelmente cometido por Flávio Bolsonaro”, explicou.

O parlamentar ressalta que a existência da ABIN paralela também foi denunciada pela matéria da Revista Crusoé do dia 18 de dezembro de 2020. O requerimento tem como autora principal a deputada Natália Bonavides (PT/RN). “A revista indica que a Coordenação-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa, chefiada Marcelo Bormevet, passou a cumprir a função de ABIN paralela, sendo ela responsável por, a pedido do presidente, realizar trabalhos de inteligência fora dos padrões e das finalidades da ABIN”, relatou. 

Segundo a matéria da Crusoé, os servidores da ABIN atribuem a essa coordenação a autoria dos dois relatórios elaborados para obstruir as investigações contra Flávio Bolsonaro. “Dessa forma, diante de tantos indícios, a Câmara Federal precisa instalar essa CPI para que tudo fique esclarecido”, afirmou o deputado.

Ascom




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