Trabalho
com indicadores ecológicos da meiofauna foi realizado, durante cinco meses, por
estudante do curso de Ciências Biológicas.
A zona costeira brasileira é amplamente
utilizada como fonte de recreação pela população, sobretudo as praias, onde se
praticam diversas atividades turísticas, que causam uma série de impactos às
comunidades lá existentes.
Diante desta realidade, o estudante Frediano Lucas,
do 6º período do curso de Ciências Biológicas do Centro de Educação e Saúde
(CES) da UFCG, Campus Cuité, decidiu fazer uma avaliação das atividades
turísticas em duas praias de João Pessoa, estado da Paraíba, através de
indicadores ecológicos da meiofauna.
A pesquisa de Frediano teve como objetivo
compreender se os impactos causados pelas ações antrópicas - o turismo e suas
atividades - interferem no ciclo de vida de invertebrados microscópicos
denominados de meiofauna, base da teia trófica marinha, e como esses organismos
respondem a esses estresses ambientais. O trabalho
foi contemplado no programa de Iniciação Científica da UFCG PIBIC/2019/2020, e
teve como orientador o professor Dr. Francisco Castro (CES/UFCG).
Na ocasião, foram realizadas coletas de material
biossedimentológicos ao longo de 5 meses, de outubro de 2019 a fevereiro de
2020. O estudo foi executado nas praias do Bessa (de grande atividade
turísticas) e Intermares (pouca atividade turística).
Os resultados da pesquisa indicaram que nos pontos
onde existe um maior fluxo turístico as variáveis de abundância relativa,
frequência de ocorrência e densidade, apresentaram um declínio nos valores,
enquanto para os pontos em que não há fluxo visível de turistas, os números
foram elevados. Os estudos ainda indicam que a intensa atividade turística
pode interferir quali-quantitativamente na estrutura da comunidade
meiofaunística, podendo comprometer o ciclo natural trófico marinho.
Ascom CES/UFCG
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