quarta-feira, 14 de abril de 2021

Pesquisa do CES/UFCG avalia impacto das atividades turísticas em praias da PB

Trabalho com indicadores ecológicos da meiofauna foi realizado, durante cinco meses, por estudante do curso de Ciências Biológicas.

A zona costeira brasileira é amplamente utilizada como fonte de recreação pela população, sobretudo as praias, onde se praticam diversas atividades turísticas, que causam uma série de impactos às comunidades lá existentes.

Diante desta realidade, o estudante Frediano Lucas, do 6º período do curso de Ciências Biológicas do Centro de Educação e Saúde (CES) da UFCG, Campus Cuité, decidiu fazer uma avaliação das atividades turísticas em duas praias de João Pessoa, estado da Paraíba, através de indicadores ecológicos da meiofauna.

A pesquisa de Frediano teve como objetivo compreender se os impactos causados pelas ações antrópicas - o turismo e suas atividades - interferem no ciclo de vida de invertebrados microscópicos denominados de meiofauna, base da teia trófica marinha, e como esses organismos respondem a esses estresses ambientais. O trabalho foi contemplado no programa de Iniciação Científica da UFCG PIBIC/2019/2020, e teve como orientador o professor Dr. Francisco Castro (CES/UFCG).

 

Na ocasião, foram realizadas coletas de material biossedimentológicos ao longo de 5 meses, de outubro de 2019 a fevereiro de 2020. O estudo foi executado nas praias do Bessa (de grande atividade turísticas) e Intermares (pouca atividade turística).

Os resultados da pesquisa indicaram que nos pontos onde existe um maior fluxo turístico as variáveis de abundância relativa, frequência de ocorrência e densidade, apresentaram um declínio nos valores, enquanto para os pontos em que não há fluxo visível de turistas, os números foram elevados. Os estudos ainda indicam que a intensa atividade turística pode interferir quali-quantitativamente na estrutura da comunidade meiofaunística, podendo comprometer o ciclo natural trófico marinho.

 

Ascom CES/UFCG


 

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