segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Foi outro dia, por Flauberto Fonseca

 


De repente me deparo em minhas lembranças, com a velocidade do tempo, tudo quanto passou através dele e dentro dos muitos quadros que foram desenhados os quais são verdadeiras relíquias no tocante ao que as suas ilustrações retratam.

Dentro do universo das muitas pinturas que tenho na galeria de minhas memórias é importante fazer a exposição de uma tela que para muitos já se esvaíram em face as tantas modificações acontecidas na planta urbana de nossa cidade aqui venho falar de um certo campinho de terra batida.

Para muitos cuiteenses a pessoa de Dinamérico Soares do Nascimento que já nasceu poeta e com ampla capacidade na lida com as palavras, mas em seu tempo de menino e era ajudante de Zé Soares da Barraca, tinha em sua veia o gosto pelo futebol inclusive cuidava com afinco de um campinho que entre nós lhe reservava o nome “Campo de Dino” pois foi dele a ideia de ter e manter o mesmo.

Para que todos se posicionem acerca de sua localização o mesmo ficava ali em um terreno entre as Ruas José Cassimiro (Sul); Pedro Simões (Oeste); Pedro Gondim (Leste) e 25 de Janeiro (Norte), ali onde hoje existem o Hotel Serrano e o prédio da Coletoria Estadual (futura instalações da agência Caixa Econômica) e de frente ao Mercado público.

Foi por algum tempo nos finais de semana e no cair das tardes, uma referência para a pratica do esporte bretão entre a molecada da vizinhança. É importante destacar que se fazer presente e chegar era garantia de um lugarzinho em um dos dois times, mas se antes já terem sido escolhas os principais nomes os quais eu destaco alguns aqui: Mailton Fialho, Batista de Benedito Jorge, Judivan de Zé Anulino, Tota de Raul, Flavio de Benedito de Dedé e João Padeiro que fugia de suas obrigações na padaria de seu pai para jogar bola, entre outros.

Quando ocorria aquela necessidade de beber água, o local mais próximo era a Oficina de Oscar Amâncio que por conhecer os nossos pais, liberava o seu pote de água doce e os canecos de zinco para o nosso regalo.

Outra situação era quando a bola caía nos muros das casas como as de Lourdes Gomes, Nino Mizael, Mané Motorista, Zé Anulino, João Anulino e Xingão, que ficavam em seu entorno e sempre tinha um jogador com mais lábia para resgatar a bola. Vez por outra se tomava um “carão”, mas era o normal diante de tantas as vezes que a bendita bola precisava ser recuperada.

Como o passar do tempo e com chegada da feira de fruta ao pátio do mercado público, feito este que gerou a sua unificação em só lugar a área, onde existia o campinho foi sendo ocupada de forma gradativa por atividades comerciais e até uma igreja.

Só sabe o quanto foi bom quem viveu essa experiência, que ficou como uma tela pintada em minhas memórias por todos aqueles que desfilaram suas habilidades futebolísticas no local que outrora foi o “Campo de Dino”.

 

Flauberto Fonseca

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O conteúdo do comentário é de inteira responsabilidade do leitor.