segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Bispo de Guarabira é agredido por bolsonaristas após missa; Diocese denuncia ‘ações de repressão’ por tendências ‘fascistas’

 


O bispo de Guarabira,  Dom Aldemiro Sena dos Santos, foi agredido verbalmente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesse domingo (23), após uma pregação. O caso ocorreu depois na ‘Missa do Bispo’, na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Luz.

Na ocasião, o padre teria falado sobre votar em quem ajuda aos pobres, o que teria revoltado os apoiadores do presidente.

Dom Aldemiro foi abordado e hostilizado dentro da sacristia. Antes, ele fez um discurso citando ações dos governos petistas no Brasil como o Minha Casa, Minha Vida, e orientou os presentes: “na dúvida, escolha os pobres.

A Diocese de Guarabira denuncia a agressão como “ações de repressão e opressão à fé cristã, claramente motivadas por tendências ideológicas fascistas e autoritaristas”.

Ainda continua dizendo que “atitudes de violência, como a que foi sofrida pelo Bispo de Guarabira, sinalizam a existência de perseguição ao cristianismo autêntico que tem sua opção pelos mais pobres”.


Leia a nota na íntegra:

DIOCESE DE GUARABIRA

NOTA DE REPÚDIO

A Diocese de Guarabira – clero diocesano, religiosos e religiosas, leigos e leigas que a constituem – demonstra, por meio desta nota, solidariedade ao seu Bispo Diocesano, Dom Aldemiro Sena dos Santos, que foi vítima de agressões verbais, na sacristia da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Luz, em Guarabira – PB, após a celebração da Santa Missa – na manhã deste domingo (23). Essas ações de repressão e opressão à fé cristã, claramente motivadas por tendências ideológicas fascistas e autoritaristas, são e serão veementemente repudiadas pela Comunidade Diocesana que se posiciona, sobretudo, ao lado de Jesus Cristo – Príncipe da Paz (Is 9,6).

Atitudes de violência, como a que foi sofrida pelo Bispo de Guarabira, sinalizam a existência de perseguição ao cristianismo autêntico que tem sua opção pelos mais pobres (Lc 6,20), vulneráveis (Jo 8,11), estigmatizados e marginalizados (Mc 1,40-41). Não obstante, também desvelam aqueles que, de fato, desrespeitam a fé, maculam a religiosidade e profanam o templo ao modelo dos vendilhões expulsos por Nosso Senhor (Jo 2,13-16). Nesse sentido, concebemos que quaisquer tentativas de silenciar a pregação do Evangelho configura-se como uma violação à liberdade religiosa, direito assegurado constitucionalmente.

 

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