O bispo de Guarabira, Dom Aldemiro Sena dos
Santos, foi agredido verbalmente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro
(PL) nesse domingo (23), após uma pregação. O caso ocorreu depois na ‘Missa do
Bispo’, na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Luz.
Na
ocasião, o padre teria falado sobre votar em quem ajuda aos pobres, o que teria
revoltado os apoiadores do presidente.
Dom Aldemiro foi abordado e hostilizado
dentro da sacristia. Antes, ele fez um discurso citando ações dos governos
petistas no Brasil como o Minha Casa, Minha Vida, e orientou os presentes: “na
dúvida, escolha os pobres.
A Diocese de Guarabira denuncia a
agressão como “ações de repressão e opressão à fé cristã, claramente motivadas
por tendências ideológicas fascistas e autoritaristas”.
Ainda continua dizendo que “atitudes de
violência, como a que foi sofrida pelo Bispo de Guarabira, sinalizam a
existência de perseguição ao cristianismo autêntico que tem sua opção pelos
mais pobres”.
Leia a nota na íntegra:
DIOCESE
DE GUARABIRA
NOTA DE
REPÚDIO
A Diocese
de Guarabira – clero diocesano, religiosos e religiosas, leigos e leigas que a
constituem – demonstra, por meio desta nota, solidariedade ao seu Bispo
Diocesano, Dom Aldemiro Sena dos Santos, que foi vítima de agressões verbais,
na sacristia da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Luz, em Guarabira – PB,
após a celebração da Santa Missa – na manhã deste domingo (23). Essas ações de
repressão e opressão à fé cristã, claramente motivadas por tendências
ideológicas fascistas e autoritaristas, são e serão veementemente repudiadas
pela Comunidade Diocesana que se posiciona, sobretudo, ao lado de Jesus Cristo
– Príncipe da Paz (Is 9,6).
Atitudes de violência, como a que foi sofrida pelo Bispo de
Guarabira, sinalizam a existência de perseguição ao cristianismo autêntico que
tem sua opção pelos mais pobres (Lc 6,20), vulneráveis (Jo 8,11),
estigmatizados e marginalizados (Mc 1,40-41). Não obstante, também desvelam
aqueles que, de fato, desrespeitam a fé, maculam a religiosidade e profanam o
templo ao modelo dos vendilhões expulsos por Nosso Senhor (Jo 2,13-16). Nesse
sentido, concebemos que quaisquer tentativas de silenciar a pregação do
Evangelho configura-se como uma violação à liberdade religiosa, direito
assegurado constitucionalmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O conteúdo do comentário é de inteira responsabilidade do leitor.