O padre José Aparecido Bilha, de 63,
lotado na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do município de Guaíra (PR), foi
encontrado morto dentro da própria igreja nesta segunda-feira (21), com um
ferimento profundo no pescoço, ao lado de uma faca, que se presume ter sido
utilizada para feri-lo.
A Polícia Civil do Paraná passou boa
parte desta tarde realizando trabalhos de perícia no local e as primeiras
informações são de que a principal linha de investigação aponta para um
suicídio.
No entanto, nas redes sociais e em
aplicativos de mensagens, populares da região afirmam que o padre, assim como
alguns fiéis de sua paróquia, vinha sendo ameaçado e intimidado por
bolsonaristas após o clérigo ter declaro voto em Lula (PT) e ter falado sobre
programas sociais dos governos do partido durante as homilias.
A Diocese de Toledo (PR), responsável
pela área onde padre Cido, como era chamado, evangelizava, emitiu uma nota mais
cedo lamentando o trágico acontecimento, na qual diz estar acompanhando junto
às autoridades de Segurança Pública a investigação sobre o que de fato
aconteceu com o pároco, que era natural de Assis Chateaubriand (PR).
“A Diocese de Toledo, por meio de seu
bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e seu clero, manifestam o profundo
pesar pelo falecimento do Pe. José Aparecido Bilha, 63 anos. Ele estava no
exercício de seu ministério como pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na
cidade de Guaíra, e foi encontrado morto por funcionários na abertura do
expediente desta segunda-feira, 21 de novembro. Externamos condolências à
família Bilha e à comunidade católica de Guaíra, especialmente desta paróquia,
que foram surpreendidos pela triste notícia. Informamos ainda que o caso está
sendo investigado pelas autoridades de segurança pública e acompanhado pela
Diocese. Rogamos a Deus que, na sua misericórdia, acolha este irmão no
sacerdócio que dedicou sua vida pelo bem dos fiéis”, diz o comunicado.
Polêmica Paraíba
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