quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Entenda como a ‘Doença do Gato’ quase que dobrou na PB em menos de um ano

 



A esporotricose, uma micose causada por um fungo ambiental chamado Sporothrix, vem crescendo na Paraíba com mais de 400 diagnósticos em 2023. Cada vez mais conhecida como a “Doença do Gato”, devido à sua procedência vir diretamente dos felinos, a patologia afeta os humanos tanto quanto os gatos.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, este ano foram confirmados 431 diagnósticos, 80% maior que os casos de 2022 inteiro, que contou com 237 ocorrências. Em ambos os anos, apenas uma pessoa morreu pela doença. O Estado paraibano busca contabilizar somente os seres humanos que foram infectados.

Para a responsável técnica pela esporotricose humana na Paraíba, Allana Oliveira, o aumento visto se refere a um trabalho com as prefeituras paraibanas para notificar as suspeitas. Ou seja, a atenção redobrada cria esse cenário propício para novos diagnósticos surgirem.

“Inclusive, a Secretaria desenvolveu um sistema de notificação próprio, um sistema de informação, onde é recebido essas informações. Por isso o aumento expressivo dos casos”, relatou Allana Oliveira ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio.

O gato também é vítima

Em muitas doenças relacionadas aos animais, como por exemplo as transmitidas por pássaros, muitas vezes a patologia não se manifesta no bicho. No caso da esporotricose, os gatos e gatas sentem, e muito, os sintomas. Por se tratar de uma micose, o local coça e geralmente fica irritado e machucado.

Por essa razão, os seres humanos precisam estar atentos, porque a micose pode ser transmitida pelo animal, seja ele de rua ou domesticado. No entanto, os gatos não os únicos culpados, porque o homem pode adquirir a patologia ao manusear o solo com frequência.

“O gato é acometido: ele é vítima. Ele participa desse processo de transmissão, mas não somente. É importante dizer que os gatos que forem diagnosticados com esporotricose existe tratamento para o gato, com resolução completa da doença no felino, assim como existe nos humanos. Então, é uma doença curável”, disse Allana.

Leonardo Abrantes – MaisPB

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