Flauberto Fonseca
Já estamos nas portas das
festividades de final de ano e tendo o Natal como o principal evento entre nós
pois é através dele que celebramos em família o aniversário do Salvador que é
um momento plural revestido de muita fé e conciliação cristã.
E nada mais gratificante que o
reavivamento de nossas memórias natalinas, pois são eles que nos concede o
prazer de lembrar dos entes queridos que já não estão entre nós fisicamente,
mas espiritualmente sempre se farão presentes em um momento tão especial como é
o Natal.
Nunca neguei a ninguém que
tenho uma afeição diferenciada pela natividade, não só por representar a maior
festa cristã do ocidente, mas também por me mostrar que a renovação de minha fé
advém do maior presente que a humanidade já recebeu que foi a presença material
e muitos exemplos que o filho do Criador semeou entre nós.
Entre as muitas das minhas lembranças
natalinas, uma em especial se faz necessário à sua difusão, não sei precisar o
ano do ocorrido, porém, é salutar aqui dizer que o acontecido marcou por demais
a minha relação com o Natal.
Minha mãe tinha por tradição de
começar logo nos primeiros dias de dezembro organizar os enfeites de Natal e,
fazendo uso de sua vasta criatividade na hora de ornamentar o ambiente
doméstico, utilizava um garrancho de planta o
qual ela pintava em cor prateada montava a nossa árvore de Natal com
algodão para caracterizar a neve caída sobre os galhos, os enfeites, as bolas,
os biscuits e a estrela guia eram verdadeiras relíquias tudo em razão do tempo
que faziam parte de nosso círculo natalino, e já eram produtos orientais tal
qual os de hoje,
Havia uma faixa em papel
cartolina com a peculiar frase de "Feliz Natal" e que exposta na
entrada de nossa casa, agora a grande estrela que marcava com muita representatividade
a data era um bonito papai Noel de papelão em tamanho natural que era
estrategicamente montado na entrada da sala de visita como se fosse um cartão
de boas-vindas e apenas um pequeno detalhe quem dava sustentação ao mesmo sendo
um suporte de apoio fixado em suas costas.
E foi naquele infausto ano que
ocorreu uma hilariante situação: minha mãe juntamente com as minhas irmãs havia
montado a árvore de Natal e toda a ornamentação da casa, porém, só esqueceram-se
de um pequeno detalhe que a posição e local em que o Papai Noel foi exposto era
passivo de um possível incidente.A proximidade do “bom velhinho” com a porta de
entrada da casa que era antiga e tradicional de duas partes, e quando a parte
de cima era aberta sempre trazia uma corrente de ar e ao abrir a parte de baixo
o vento aumentava a entrada no ambiente, pois foi em razão da tal profusão dos
ventos e de um raio de luz do poste da rua que adentrava ao ambiente quando se
abria a porta e que refletia da imagem.
O meu pai que nem lembrava que
já era tempo de Natal, se deparou com o sujeito de aparência robusta e com uma avantajada
altura que se balançou em sua direção e
ele sem pestanejar acertou de direita em sua cara um belo golpe de boxeador que
não só levou ele a nocaute como deslocou a sua face do pescoço, sem falar no corre corre e no acendido de luzes
dentro de casa para ver o que tenha
acontecido e quando todos se deparam com a situação,viu que tudo foi
contornado e riram da situação.
Já na manhã segue a minha
engenhosa mãe fez um bom e consistente grude e recompôs a silhueta do Noel e
recolocou ele de volta no ambiente de Natal, só que em um lugar fora do alcance
de futuras encrencas.
Assim, se passou mais um Natal
e o bom velhinho ficou entre nós por muitos outros Natais sem qualquer tipo de
incidente.
É época de esperança e
recomeço em busca de tempos de paz!
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