FLAUBERTO FONSECA
A criação da nossa Freguesia aconteceu no século XVIII quando Caetano Dantas, por invocação a Nossa Senhora das Mercês, doou terras para levantar uma capela em sua devoção.
Reza a história que a imagem da Mãe Mercês chegou aqui carregada no lombo de um Animal e por ordem da esposa de Caetano, dona Josefa de Araújo Pereira, guardou a imagem em sua casa e somente quando a capela ficou pronta, foi levada e colocada em um pedestal.
Em 12 de agosto de 1801, alguns moradores apresentaram ao vigário João Feijó, um termo que assinaram dando as garantias para o sustento dos párocos tornando viável a presença de um vigário.
Tudo começou através da freguesia Nossa Senhora de Santana de Caicó/RN que nos concedeu a graça e um novo caminho de fé.
O primeiro catequizador, foi o Padre Manuel Fernandes que abriu as portas da orada e acolheu o povo. Nossa Freguesia é a terceira Paróquia mais antiga da Diocese.
Em 1947 a nossa atual Matriz foi inaugurada, dando a ela uma nova visão de fé. O padre José de Barros foi seu mentor, hoje são 77 anos em pleno fervor.
Lá no mear do século XX uma casa Paroquial surgiu através do padre Luís Santiago, dando mais conforto ao vigário.
Diante das inovações pastorais, nos anos sessenta um terreno foi comprado ao senhor João Ferreira e uma nova Casa Paroquial começou a ser erguida cabendo ao padre Boleslau iniciar a sua construção e o padre José Rodrigues, concluí-la.
No limiar dos anos sessenta a Paróquia ganhou voz com uma estação de “alto-falante” que começou a funcionar fazendo as transmissões religiosas.
Na década de sessenta ocorreram muitas renovações das normas Litúrgicas do Vaticano II, que para a Matriz trouxe modificações, gerando dentro da igreja a insatisfação dos fiéis que não aceitaram as imposições aí começou uma grande revolta.
Com a chegada da Luz elétrica de Paulo Afonso no primeiro mês do ano de 1967, uma nova iluminação se instalou dando a Matriz um novo fulgor.
Em março de 1967 o padre José Rodrigues de Oliveira, após receber ordens, mandou derrubar o nosso Altar Mor. Para muitos cuiteenses ele usou as normas do Vaticano II ao seu bem entender deixando o povo revoltado e o considerando como Persona Non Grata.
Vários padres passaram pela nossa Freguesia, todavia, é importante lembrar que cada um Paroquiano tem um de sua preferência o meu era o padre Donato Rizzi, que concedeu com o seu jeito de pensar e atuar uma nova vertente para os caminhos e tendo a Mãe Mercês como luz, guia de muita espiritualidade de nossa fé.
Para finalizar, cito o nome dos antigos padres Luciano e de Severino que em muito contribuíram para o firmamento de nossas convicções cristãs, e dos atuais João Paulo e Fabiano, que através de suas atitudes pastorais nos concedem o regozijo de nossa fé.
É agosto, e hoje contemplo com muita reverencia a sua restauração, falo do: Altar Mor, que voltou ao seu lugar, não foi fácil a sua reposição em razão da oposição de muitos que não aceitavam a sua confecção e teceram muitas críticas, mas com perseverança tai o resultado.
Deixo aqui meu agradecimento ao povo católico de Cuité e ao Reverendíssimo Bispo Dom Dulcênio Fontes, por ter concedido o direito da reposição do Alto Mor de nossa Matriz, fazendo de nossa amada Freguesia um monumental lugar.
Concluindo, são 223 anos de uma longa e valorosa caminhada na luz, com devoção e fé que faz da PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS o maior patrimônio religioso de toda comunidade católica cuiteense.
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