O ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a nomeação
de Alexandre Ramagem para diretor-geral da Polícia
Federal. A decisão é liminar – ou seja, provisória – e foi tomada em
ação movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).
“Diante
de todo o exposto, nos termos do artigo 7º, inciso III da Lei 12.016/2016,
DEFIRO A MEDIDA LIMINAR para suspender a eficácia do Decreto de 27/4/2020 (DOU
de 28/4/2020, Seção 2, p. 1) no que se refere à nomeação e posse de Alexandre
Ramagem Rodrigues para o cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal“,
diz trecho do despacho de Moraes.
Na decisão em que suspendeu a nomeação, Moraes cita as alegações
de Moro, e afirma que, em tese pode ter ocorrido desvio de finalidade na
escolha de Ramagem ” em inobservância aos princípios constitucionais da
impessoalidade, da moralidade e do interesse público.”
Moraes ressalta ainda as afirmações do ex-ministro da Justiça que
dão conta de que Bolsonaro queria “ter uma pessoa do contato pessoal dele” no
comando da PF, “que pudesse ligar, colher informações, colher relatórios de
inteligência”.
Relação com
a família Bolsonaro
Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, foi escolhido pelo
presidente da República para chefiar a PF, em substituição a Maurício Valeixo.
A proximidade vinha causando contestações à escolha dele.
A relação com o presidente e os filhos dele começou na eleições de
2018, quando Ramagem chefiou a equipe de segurança do então candidato Bolsonaro.
Na réveillon de 2019, Ramagem foi fotografado em festa ao lado do
filho do presidente Carlos Bolsonaro, que é vereador do município do Rio
de Janeiro.
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