quinta-feira, 16 de julho de 2020

Ex-presidente da Fiesp diz que mundo perdeu a paciência com o Brasil pela destruição da Amazônia



Brasil 247 - “O mundo perdeu a paciência com o Brasil’, disse o empresário Horácio Lafer Piva, da Klabin e ex-presidente da Fiesp, ao comentar, em entrevista ao jornal Valor, o desastre ambiental e o recorde de queimadas na Amazônia. “[O desmatamento] Afeta não só o dia a dia das empresas, como inclusive o rating [notas de risco de crédito] desses grupos que, de alguma forma, contam com investimentos e financiamentos de agentes internacionais, hoje muito mais ativos na questão do meio ambiente e da sustentabilidade”, disse ele.

Fundos de investimento que gerenciam ativos perto de US$ 4 trilhões (mais de R$ 20 trilhões) pediram ao Brasil que suspenda o desmatamento na Amazônia. Saiba mais sobre o caso:

Sputnik - Ameaças de investidores internacionais e recordes por 14 meses consecutivos no desmatamento da Amazônia aqueceram o assento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e ao que tudo indica a sua saída passou de "se" para o "quando", de acordo com um especialista ouvido pela Sputnik Brasil.

Integrante do grupo de transição reunido por Bolsonaro logo após a sua eleição, em outubro de 2018, o advogado Antônio Fernando Pinheiro Pedro, fundador e primeiro presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), disse que a pressão pela saída de Salles é apenas uma resposta esperada ao que vem sendo feito pelo ministério.

"Há uma pressão organizada, mas ela se deve à crescente desorganização que ocorre hoje na pasta do Meio Ambiente. Portanto, não é apenas uma ação organizada, é uma reação em relação à desorganização crescente que está acontecendo na gestão ambiental a nível federal no Brasil", declarou ele, que também é consultor do Banco Mundial, à Sputnik Brasil.

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