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(Travessa Pedro Viana) |
Nascido
no Oriente Médio no dia 15 de julho de 1925. Filho do casal Rahir Fahi
Morramede e Sara Sudemah Solemah.
Ele
e outros familiares chegaram ao Brasil após o término da Segunda Guerra Mundial
em 1945.
Inicialmente
fixaram residência na cidade de Picuí. Na década de 1950, ele passou a residir
na cidade de Cuité.
Sua
religião era o judaísmo, tendo como profeta maior Moisés. Não comia carne de
porco, nem tomava bebidas alcoólicas. Acreditava que depois da morte haverá um
juízo universal, onde cada um será recompensado segundo suas obras. Esperava
ainda a vinda do Messias.
Instalou-se
em um quarto na Travessa Pedro Viana no centro da cidade. Neste quarto, durante
quarenta anos, acumulou toda sorte entulho, papéis velhos e
lataria.
Um verdadeiro lixo. Com isso tornou-se conhecido o quarto do Raja. Em um vão de
16 m2 era ao mesmo tempo dormitório, banheiro, cozinha e espaço para guardar
todo o lixo recolhido na rua.
Sua
vida era um mistério. Sabia-se que o mesmo tinha mulheres e filhos residentes
no Oriente. Às vezes vestia-se em um paletó e, bem asseado viajava até a cidade
do Recife, para fazer saques no Banco Central. Acredita-se que a família
enviava dinheiro para o mesmo. Apesar que, nos últimos anos, quando adoeceu,
não foi encontrado qualquer quantia financeira.
Em
1991 foi encontrado muito doente e foi levado para o hospital Pedro Viana e, lá
permaneceu, cerca de dois anos até o seu retorno ao país de origem.
Através
de uma ordem judicial foi feita a interdição e, foram várias carradas de lixos
jogadas fora do quarto misterioso de Radjha.
O
pároco da época, Severino Firmino, manteve contatos com a Embaixada do país de
Radjha, até que conseguiu juntá-lo a seus familiares no Oriente Médio do ano de
1994.
Sabe-se apenas que chegou ao seu país de
origem e foi recebido por seus familiares. Quanto aos seus bens materiais, o
lixão da cidade foi o único herdeiro.
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