
GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A medida provisória que prorrogou por mais quatro
meses o auxílio emergencial impõe mais restrições ao recebimento do benefício,
estendido até dezembro.
A
iniciativa que prevê o pagamento de parcelas de R$ 300 foi publicada na edição
desta quinta-feira (3) do Diário Oficial da União. Para garantir o benefício,
foi aberto crédito extraordinário de R$ 68 bilhões.
O texto
da medida provisória estabelece que não receberá a ajuda federal, por exemplo,
brasileiros que residam no exterior e presos que cumpram regime fechado.
Eles
chegaram a receber parcelas anteriores do auxílio, mas, em julho, foram
excluídos por decisão do governo federal.
Ela
ainda determina que quem já é beneficiário não precisará requerer o pagamento
das quatro parcelas, contanto que continue a atender os critérios de
recebimento.
A
medida provisória manteve regra da iniciativa anterior, editada em abril, que
limita o recebimento das parcelas a dois integrantes da mesma família.
O novo benefício só é previsto a maiores de 18 anos, com a exceção de mães adolescentes. Ele ainda é vetado a jovens com menos de 24 anos matriculados em unidades de ensino superior ou de ensino técnico.
O valor e o período de extensão do benefício foram definidos na segunda-feira (31), em reunião do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
No
encontro, o ministro, que defendia novas parcelas de R$ 200, cedeu ao apelo do
presidente por uma quantia de R$ 300.
A
prorrogação deve ampliar os gastos da União neste ano em mais R$ 100 bilhões. A
despesa extra leva o governo a encostar em uma marca inédita, um rombo nas
contas públicas de R$ 1 trilhão em 2020.


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