sexta-feira, 11 de março de 2022

Mistério de "sereia" mumificada do século 18 chega perto do fim



YAHOO: No Japão, uma equipe de pesquisadores está analisando os restos mortais do que seria uma sereia mumificada de quase 300 anos atrás. A suposta múmia estava guardada no templo Enjuin da cidade de Asakuchi, onde foi utilizada como um objeto de adoração. Conta-se que ela teria sido encontrada por um pescador japonês na costa do atual distrito de Kōchi entre os anos de 1736 e 1741.

No templo, o artefato era interpretado como um símbolo de boa saúde: o sacerdote-chefe do local, Kozen Kuida, afirmou ao jornal Asahi Shimbun que as orações dirigidas à sereia tinham o objetivo de ajudar a aliviar a pandemia do novo coronavírus, mesmo que apenas um pouco. Takafumi Kato, paleontólogo da Universidade de Ciência e Artes de Kurashiki, convenceu o templo a ceder os restos aos cientistas.

É evidente aos pesquisadores que a sereia mumificada é um construto feito a partir dos restos de pelo menos dois animais diferentes — provavelmente um orangotango e um salmão. No dia 2 de fevereiro deste ano, os pesquisadores a submeteram a uma tomografia computadorizada, além de terem extraído amostras de DNA para descobrir quais espécies foram combinadas na fabricação. Os resultados da pesquisa devem sair ainda em 2022.

A criatura tem origem folclórica na mitologia japonesa: podemos comparar a múmia a um Amabie, por exemplo, que seria um tipo de sereia com um bico no lugar da boca e três barbatanas, ou a Ningyo, uma espécie de peixe com cabeça humana. Após ser supostamente pescada, a sereia em questão foi vendida a uma família influente da região, mas a jornada até o templo Enjuin é desconhecida.

 

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