terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Nossa emancipação um bem de todos - Flauberto Fonseca

 


Quando tratamos do conceito da emancipação política e administrativa de Cuité, logo temos em mente que todo ocorreu graças à intervenção de ilustres cidadãos e cidadãs cuiteenses que buscaram através de suas ações e bandeiras a nossa total desvinculação do ente a qual estávamos atrelados administrativamente e politicamente.

   É interessante observar que não foi um ato imediatista que gerou uma ruptura unilateral, mas a bem da sinceridade e conforme algumas literaturas e outras citações informais, a aquisição de nossa autonomia aconteceu de forma gradativa e diante de muitas negociações.

  Na verdade, a consumação da nossa emancipação política não foi e nem ficou restrita aos embates dos paroquianos, haja vista que muitas foram as convenções realizadas no âmbito do legislativo estadual e principalmente nos gabinetes do Palácio da Redenção.

   E importante lembrar que havia uma desarmonia que muito tenha haver com os interesses entre a sede e a divisão administrativa sob a sua gestão, tudo em razão de possíveis defasagens financeiras e fiscais, pois como era de domínio público Cuité era auto-suficiente economicamente em razão de sua continuada produção agrícola que era sustentada pelo o Ouro Branco e principalmente o Ouro Verde que era abundante em toda extensão da serra e que tenha a sua produção de forma continuada e era a base da manutenção de muitos.

  Se hoje comemoramos a nossa emancipação política com muita exaltação é porque temos o pleno direito sobre um grande feito descendente de uma leva de filhos e filhas de nossa cidade que escreveram os seus nomes nos anais da história de nossa emancipação e por eles e através deles hoje podemos dizer que 25 de janeiro de 1937 é um marco histórico que nos permite dizer que é o maior feito político acontecido entre nós.

  Diante de uma conquista que hoje enaltecemos espero que cada cuiteense seja uma referência da permanência dos valores sólidos que foram depositados através dos ideais daqueles que no passado alongaram os seus pensamentos em um futuro melhor para todos.

   Que tenhamos um processo de desenvolvimento e de transformação socioeconômica, administrativo, cultural e educacional que por intermédio dos valores sólidos que é só nosso e de forma continuada as nossas crianças e jovens sejam preparadas para o futuro que o destino nos guarda, sem deixar de resguardar e valorizar aqueles que outrora fizeram o nosso município prosperar.

   Que a partilha social e o seu alcance administrativo nos dias atuais seja justa e semeada de forma isonômica que se transforme como benefícios comunitários sem discriminação em função de lados ideológicos e políticos eleitorais, inclusive como meio de conservar as conquistas no presente e futuro.

    Somos munícipes que edificamos o nosso amanhã e que nossa obstinação seja a luz que alvorece o nosso caminho rumo a uma Cuité mais respeitável, progressista e cidadã.

    Parabéns a todos que cotidianamente fazem de seus ofícios o melhor em prol do coletivo, contribuindo assim com a amplificação do município em todos os sentidos, buscando sempre novos ideais e acreditando que o desafio de fazer mais e melhor. E principalmente não deixando distante de suas vistas os desejos intensos de fazer sempre o melhor de forma comunitária, mostrando assim que não existem divisas ou limites para emparelharmos os nossos sonhos, de público reconhecemos a existem de obstáculos e muitos contratempos que com a força coletiva serão transpassados, mas nada é mais relevante que prevaleça o pensamento e ações concretas e prósperas daqueles que governam e essencialmente se for objeto da inspiração de nossa gente.

    Por fim, a nossa independência política e administrativa hoje é uma realidade e que todos façam uso de forma plena, pois nossa emancipação é um bem de todos os cuiteenses.

 Flauberto Fonseca

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